Nada sei, nada percebo, como
explicar?
Tudo que vejo passa, e eu não
entendo
Neste louco Planeta, viemos
para ficar?
Se assim for, o que está
acontecendo?
Sou um poço de ignorância,
isso eu sei
Mas, parece, todo mundo é também assim
Quem tem olho, na terra de cego
será rei
Mas não é o meu caso, que
será de mim?
Pois ignorância pouca é
bobagem, falam
Contudo, os mais sapientes se
calam
Porquanto estulto que sou,
também calo
Fico na minha, quietinho em
meu canto
Então os palradores quebram o
encanto
Pois quem muito fala, dá bom dia a cavalo.
Pois quem muito fala, dá bom dia a cavalo.
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