Quem é essa imagem
na minha frente
Que me observa
curiosa, estupefata?
Mesmo vendo não sei
de quem se trata
Entretanto não me
parece indiferente.
Talvez um fantasma
de minha mente
Que me enxerga tal como eu o vejo
E quer me conhecer como eu desejo
Mas que o meu observar desmente.
Poderá ser outra
pessoa, sei também
Que intrujou-se
dentro desse espelho
E me observa em
busca de conselho.
Não vou deixar-me
convencer, contudo
Quando ele faz
perguntas, eu fico mudo
Porque não devo satisfação a ninguém.
Porque não devo satisfação a ninguém.
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