M – Pois é Lula,
agora estamos lado a lado,
porque não há o
que eu não tenha roubado.
L – Engana-se
Maluf, você foi só governador,
então roubou
nesse nível, coisa de amador.
M – Mas rapinei
por muitos anos bem a sério,
e só roubei às
claras, sem nenhum mistério.
L – Mas eu
formei quadrilha de bandoleiros,
que da
Petrobras, encheu o cu de dinheiro.
M – Entendo que
você foi mais profissional,
só roubando na
encolha, sem sair no jornal.
L – É, foi uma tramoia
que envolveu doleiros,
bancos, empresas
fantasmas e até puteiros.
M - Fui eu quem disse primeiro "sou honesto"
então é plágio quando tu o diz: "só eu presto".
L - Sei, porém, ladrão que rouba ladrão assim,
deve ser perdoado por um afano tão chinfrim.
M - Fui eu quem disse primeiro "sou honesto"
então é plágio quando tu o diz: "só eu presto".
L - Sei, porém, ladrão que rouba ladrão assim,
deve ser perdoado por um afano tão chinfrim.
M – Roubei e coloquei meu dinheiro na Suíça,
mas, católico
praticante, mandei rezar missa.
L – Coisa
de malaco mais ingênuo que há,
pus grana no sítio
e apartamento no Guarujá.
M – Mas, como
você na declaração justifica?
escondendo os
imóveis, sem dar uma dica!
L – Idiota! pois neste Patropi tudo se arranja,
e você já
esqueceu prá que existe laranja?
M – Pilantra! E
o dinheiro, aqueles milhões?
A gorda conta
bancária, como dos figurões?
L – Eu finjo dar
palestras muito bem pagas,
faturo uma gorda
bolada enquanto tu cagas!
M – Pois é, e tem
aquele acervo do Alvorada
que era poderoso
e se transformou em nada!
L – Veja, cada presidente
anterior um idiota,
peguei até o crucifixo, que
vai dar uma nota!
M - Dizem, até que faqueiro de ouro lá tinha,
que General Costa e Silva ganhou da rainha.
L - Claro, o faqueiro foi o mais valioso butim,
estava lá, quietinho, só esperando por mim!
M - Dizem, até que faqueiro de ouro lá tinha,
que General Costa e Silva ganhou da rainha.
L - Claro, o faqueiro foi o mais valioso butim,
estava lá, quietinho, só esperando por mim!
M – Com tudo isso, acabo ficando na minha,
comparado a você
sou simples trombadinha!
L – É que tu
nunca conseguiu ser presidente,
eu fui, e só
para botar na bunda dessa gente.
M – Mas como
fica esse povo, a sociedade?
Que, no fundo,
votou na busca da felicidade?
L – Dessa pobreza, só do voto a gente gosta.
Tinha esperança é? Então continua na bosta.
M – E você agora
não tem medo da justiça,
que gravou suas
conversas em plena liça?
L – Ora Maluf,
sou esperto assim como tu.
Aquele
inquérito? Eles que o enfiem no cu!
M – Meus
parabéns, grande mestre e guru,
você mandou bem,
de Ipanema até o Xingu.
L – Mas ainda
não terminei, portanto insisto,
daqui a pouco
vou ser nomeado ministro.
M – Puxa, irmão,
não tem uma boca prá mim,
que roubei,
roubo e que vou continuar assim?
L – Claro Maluf,
o ministério já está saindo,
onde por certo, todo ladrão será bem vindo.
M – Mas Lula, e
aqueles pegos de mão cheia,
mensaleiros que
hoje amargam a vil cadeia?
L – A Dilma está
providenciando, a essa altura
vai promulgar
milagroso decreto de soltura.
M – Portanto,
neste país só se dá bem ladrão,
e melhor ainda
quando entra em comunhão.
L – Sim, Maluf,
neste país política é pretexto
para nós, escrotos
bandidos, encher o cesto.
M – Como esta
vida é boa, eu nunca fui preso,
por isso,
mantenho pelo roubo, o gosto aceso.
L – Que fui
detido pela redentora, eu alardeio
apenas doze
horas, mas estou de bolso cheio.
M – E como será
o futuro deste Patropi então,
já que nunca
pensamos no desejo do povão?
L – Maluf, nós
ladrões, só pensamos na obra,
o operariado ignorante
é massa de manobra.
M – Fico
tranquilo, pois roubar ciência não é,
e eleitor, em
nós políticos, continua tendo fé.
L - Por isso, só valorizo quem rouba e pilha,
pois foi assim
que enriqueci a minha família.
M – Uma pergunta
só para consumo interno:
Você, vil
pilantra, não tem medo do inferno?
L – Maluf, a
perguntinha é bem pouco nobre.
Não sabe que
inferno é punição pra pobre?
M – Mas estamos,
eu e você, aqui na porta,
onde devemos
encontrar tanta gente morta!
L – Sou Lula!
Livrar-nos dessa, deixa comigo!
vou lá dentro, e
do satanás faço um amigo!
M – E os
demônios vão separar joio do trigo,
deixando-nos, eu
e você, sem algum castigo?
J – Alto lá
Maluf ! Você é ladrãozinho a toa,
se molhar a
quatro dedos aqui, fica na boa!
M – Pois, diante
disso, te passo meu dinheiro,
você faz lobby e do inferno nem sinto cheiro.
J – Apenas me dê
aí essa bufunfa roubada,
vou falar com o
diabo e resolvo essa parada.
M – Lula, você
aí dentro, e eu ainda esperando.
Eu vou ficar
nesta expectativa até quando?
L – Maluf, acho
que por ser tolo você se fodeu,
o satã pegou a
grana, é mais esperto que eu!
M – Assim, você
permanece e eu não entro,
quem está fora continua, o outro fica dentro.
L – Engana-se,
você é mais burro que cavalo,
porque convenci
o satanás a ir aí busca-lo.
M – Malditos, as chamas me queimam tanto!,
M – Malditos, as chamas me queimam tanto!,
Se eu sair,
prometo me transformar em santo!
L – Ó Santa Letícia! Isso é coisa que se faça?
Se eu sair, prometo não mais tomar cachaça!
Se eu sair, prometo não mais tomar cachaça!
S* - Informo: daqui ambos sairão jamais.
Pior que vermes,
são coliformes fecais!
O dia anterior será melhor que amanhã
E se assim não
for, não me chamo satã!
* SATÃ
* SATÃ
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