Se de longe encanta-me essa aurora,
imagino de perto, outras vertigens;
festas de luzes, o dia comemora,
desvendando nuvens ainda virgens.
A noite despede-se, então vai embora,
recolhe-se ao berço de suas origens;
porque seu recolhimento tem hora,
enquanto o sol pinta-se de fuligens.
Certamente esta luz não é bizarra,
pelo contrário, esta manhã clareia,
e o sol rompe o dia com fanfarra.
E começamos esta vida cheia,
como à tábua de salvação agarra,
acreditando no canto da sereia.
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