domingo, 19 de agosto de 2018

A minha floresta



Floresta ombrófila por sobre montes onde,
oculta-se a gralha, e o verde transuda orvalho;
segue piando o mutum e o socó responde,
enquanto observa o assum do alto do galho.

O calor do sol não trespassa a tua fronde,
as folhas, às aves fornecem agasalho,
o carrascal fechado seus preás esconde,
e meu olhar pasmo, pelos esconsos espalho.

Minha floresta, aqui tenho dias felizes,
então ao vê-la quase intocada assim, exulto!
em que pese algumas feias cicatrizes,
marca registrada do tal homem estulto.

Desejo-lhe: mantenha sólidas as raízes,
talvez, o humano, um dia, pare o insulto.

Um comentário:

  1. E dizer que estamos acabando com todas essas belezas! Há algumas ainda intocáveis comparada com nossa Amazônia. Triste. Será ela ainda totalmente nossa?
    Abços

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