Noite calada,
uma rascância estranha
De vagarinho
minha atenção apanha
E medo sutil
meu pensamento ganha
Será perigoso
ou somente patranha?
Como a escalar
a íngreme montanha
Sobe de
intensidade aquela manha
E meu temor
essa subida acompanha
Estou receoso
pois não gesto façanha.
Trêmulo, aquele
calafrio na entranha
Será um
avantesma cheio de sanha?
Ou algo inocente
fazendo artimanha?
Mas enfim uma
esperança me banha
Apenas um bicho
fazendo campanha
Quem faz o bulício?
a inócua aranha!
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