Como veraz rei do mundo, esse sociopata,
boçal, cheio de pura marra e arrogância;
por aí, se diz imune a lei e fala
na lata;
sou pobre, mas se sabe, vive na abundância.
Pois, combate à corrupção era seu discurso,
que ávido, às massas ignaras ele pregava;
porém, traiçoeiro como abraço dum urso,
rapinou e roubou sem peias, sem trava.
Deixou roubar, contudo, de nada
sabia,
mas, seus áulicos sequer sabem trabalhar;
preferem malbaratar, tramar na
coxia.
Eis que, na prisão, local limpo e
salutar,
tem tempo de pensar em tudo que
fazia,
pois enquanto roubava não havia pensar.
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