terça-feira, 24 de julho de 2018

Escuridão

A luz solar não penetra nessas entranhas,
não lhe apetece ver certas coisas estranhas;
de modo que ali impera negra escuridão,
impedindo de vermos como as coisas são.

O vale encontra-se escondido pela neblina,
então os sons propagam-se pouco, em surdina;
é algum mistério que aquele esconso traduz,
onde não é bem vinda a claridade da luz.

E nunca desnuda-se a envoltura de véus,
que impedem enxergarmos nesgas dos céus,
porquanto vamos errando pelo caminho.

De alma atribulada, corpo andando sozinho,
apenas me arrasto, muito, muito cansado,
donde sequer consigo enxergar o prado.

Um comentário:

  1. Meu caro amigo poeta Jair, este soneto bem feito, mas, denso e amargo, por certo não reflete o momento psicológico do autor!?
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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