Embalada nas nuvens singrando os ares,
aeronave na noite um tanto sombria;
navega num vento que sempre acaricia,
asas prateadas por brilhantes luares.
Envolve a nave aquela atmosfera fria,
pétrea escuridão tolhe quaisquer
olhares;
muito bem navega-se, apesar dos pesares,
pois o avião na noite é bela ave tardia.
Voar não é forma de domínio na verdade,
é apenas um jeito gostoso de comunhão,
entre a máquina, o ar e alguma
divindade.
Nada de especial faculta qualquer avião,
voar é somente sua finalidade,
e os ares seus meios ambientes são.
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