Quero termos vernaculares a mãos
cheias,
que não pareçam monótona ladainha;
os quais transformem o sangue de minhas
veias,
modificando a estultice que nele tinha.
Quero palavras úmidas molhando areias,
traduzindo em versos a paisagem
marinha;
que transcendam todas as cidades e
aldeias,
invadam mente do povão e da rainha.
Definam a maldade e traduzam ternura,
falando de solidão e tormenta bravia,
dando lugar à rudeza, mais a doçura.
Sejam claras à noite, como fosse dia,
igual as que todo bom poeta procura,
e que mesmo todo bom leitor gostaria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário