A morte
nivela, os valores despedaça,
porque
ricos e pobres a um ignoto envia;
primeiro,
o corpo preso sob a laje fria,
mas
alma, a vagar por algum ignoto passa.
Some da
percepção quando noite, ou se dia,
há certa
indefinição, uma clareza escassa;
e
terrível medo pela existência grassa,
numa
indizível eternidade vazia.
A tal
ceifadeira desmancha nosso norte,
então,
empalma tudo que existir possa,
e
certamente nada depende da sorte.
Escolha
dalgum destino sequer é nossa,
porque a
última palavra será da morte,
da qual
todo ser vivo leva dura coça.
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