A Terra, pequena rocha viva no espaço,
tímida, rodando num cosmos iracundo;
vai perdida naquele negror tão profundo,
onde as leis mecânicas nada deixam lasso.
Mas, vaidosa, por ser o único vivo mundo,
estende Gaia, às criações, amplo abraço;
acolhendo cada ser vivo em seu regaço,
dando a todos um acolhimento fecundo.
Planeta sóbrio de extremada solidez,
ao longe seu azul cerúleo, sincero brilha,
a causar inveja em outros astros talvez.
Vai sem nem ligar seguindo uma velha trilha,
pouco se importando com sua pequenez,
dentro de regra estrita de certa cartilha.
A Terra, pequenina sim, mas maravilhosa!
ResponderExcluirMas será só ela a única habitada?
Morrerei sem saber...que pena.
Abraço, Jair, lindo soneto!