domingo, 24 de maio de 2015

À morte


Morreu e, por seguinte apagou seu brilho
Desde sempre foi e será, portanto, assim
Foi-se, bem naturalmente, antes do filho
Servirá suas carnes aos vermes em festim

Por que falecer se essa vida não é ruim?
Por que abandonar antes o próprio trilho
E correr, amoque, para um inusitado fim
Onde não haverá algum lugar para idílio?

No esconso da morte a existência exalta
Como a viver onde qualquer vida não há
Onde um mínimo alento não existe, falta.

A morbidez humana cobrando da vida já
Tal tocador de Hamelin e sua maga flauta
Sabendo: quem morreu não voltou de lá.

2 comentários:

  1. Nossa!!! Duro de ler.
    É a realidade, nada mudará. Aliás, os filósofos até hoje não têm resposta...É o que mais buscam entender.
    "Por que falecer se essa vida não é ruim?"
    Como me pergunto isso... Por quê?
    Abraço!

    ResponderExcluir
  2. Caro amigo poeta Jais, eis o mistério desta existência.
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

    ResponderExcluir