terça-feira, 9 de agosto de 2016

Águas da vida


Embaixo dessas águas turbulentas
Haverá, talvez, um imenso mistério
Certamente águas um tanto lentas
Ou mesmo estáticas, um cemitério.

Mas a corrente impõe uma ilusão
Que, em geral, engana o otimista.
Faz parecer que suas águas são
A grande maravilha que se avista.

Mas bom é que não seja enganado
A corrente é uma paródia da vida
Que mostra tão somente um lado,

Escondendo outro na justa medida.
Deixando o incrédulo deslumbrado,
Pasmo, encantado sem ver a saída.

Um comentário:

  1. Meu caro amigo poeta Jair, pois a turbulência, o pensamento, quando não apaziguado, não permite a manifestação do ser.
    Agradeço aqui, vosso excelente comentário dissertativo sobre o neocolonialismo, lá no meu modesto espaço.
    Um abraço. Tenhas uma ótima 4ª feira.

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