Vendo tanto
desalento nesta vida
E pensativo,
andando pelo horto
O poeta
continuando na sua lida
Nos problemas
do mundo absorto
Porquanto tudo que vê o entrista
É navio
perdido em busca de porto
Não há o que
o console ou assista
Pois seu
viver é um caminho torto.
Resolver os óbices não sabe como
Essa
existência não lhe dá conforto
Talvez que
certo dia, num assomo
Lhe fosse muito
melhor ser aborto.
E de sua
lavra as palavras lhe tomo:
Prefiro neste momento estar morto.
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