A hora da sua
morte chegou, ele morria
Entretanto
morre corpo, ideia permanece
Vida corporal
dizem, da natureza é messe
Mas, mais que
vitalícia, perene será ideia.
Cadáver imóvel,
resignado, mera anomia
Viveu
desafiando tudo que desse e viesse
Contudo não
resistiu, faleceu de estresse
Queimou a vela
pelos dois lados, eu diria
Mas, pergunto:
e o conteúdo desse crânio?
Aquele tal raciocínio
original e espontâneo?
Vai ao túmulo
e, em silêncio permanecerá?
Pois, nessa
possibilidade eu não acredito
As idéias se transmutam para um infinito,
E livres de
todas tensões resistem por lá.
Esse seu belo poema lembrou-me um documentário que vi ontem, do arquiteto Sérgio Bernardes, no canal Arte, um gênio das idéias, dos pensamentos, da introspecção. Exatamente o tema era suas ideias antipolíticas, seu trabalho, sua criação maravilhosa. Vida um tanto tumultuada. Vale a pena ver.
ResponderExcluirGostei do seu poema, dessa sua ideia...
Abraço, amigo Jair.