quarta-feira, 12 de abril de 2017

Na visão do poeta

Sou poeta que por certo ninguém conhece
E escrevo poemas com virtual enredo
Os quais ninguém jamais leu, porque são segredo
Porém tudo que faço se transforma em messe.

E os versos, quem por acaso leu, já esquece
Preciso admitir que me sinto num degredo
Contudo anonimato não me mete medo
Então verso que ontem fiz, igual amanhece.

Mas o poeta é um ser por demais passivo
Porque desconhece se tem algum valor
É assim que no meu dia-a-dia pois eu vivo.

Vejo no mundo, tema, sem tirar nem por
Mas, deste descolorido não sou cativo
Então verso meu põe no mundo alguma cor.

Um comentário:

  1. Perfeito, meu caro amigo poeta Jair; sim, teus versos têm matiz e, principalmente, conteúdo. Um abraço. Tenhas um ótimo dia.

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