Velho, ancião,
septuagenário ou vetusto
Os pés que se arrastam,
andando inclinado
E sem nenhum esforço,
sente-se cansado
Não vê futuro, mas o
passado é robusto.
Viver tanto com tantas
agruras, é injusto
Bem melhor se tivesse o
vigor renovado
Pois é horrivel admitir
que esse é seu fado
Porquanto carrega tanta
velhice a custo.
Mas quando, e se fosse,
interpelado a gritos
Teria uma chance de
clamar aos malditos:
Eu sou velho, mas tenho
bagagem imensa!
Sei desta vida e faço o
quero do meu jeito,
Fedelhos, os palpites de
vocês não aceito
Porque não existe
obstáculo que não vença.
Pois é, meu caro poeta amigo Jair, chovendo no molhado, repetiremos uma sentença factual: Na juventude possuímos a robustez , mas ainda carecemos de conhecimento, experiência de vida, entretanto, agora no ocaso, quando temos bagagem nos falta o vigor físico.
ResponderExcluirValeu o belo soneto. Um abraço. Tenhas uma ótima semana.
Acho que é pedir demais: vigor, beleza, inteligência, maturidade... tudo junto? Penso que a vida, na medida em que nos tira a juventude, certamente nos dá outras. E devagar ela vai ajudando na nossa adaptação. Por vezes olho os cabelos brancos... E vejo como é duro um idoso com cabelos pretos pintados!! Os cabelos brancos vêm para suavizar os traços já pesados. E ficam ótimos. Na medida em que se perde, damos um jeito para seguirmos, num outro ritmo, mais calmo, menos estresse, mais reflexivo. Penso assim.
ResponderExcluirAbraços, Jair.