Mistério! no esconso onde os sonhos
são reais,
lugar em que circunstâncias são muito
vagas;
há que ter em mente situações
abismais,
que nos ameaçam como fossem adagas.
Há mistério, onde até a solidão se
sepulta,
e a fímbria do universo não está mui
além;
envolta em volutas do tempo esta se
oculta,
porquanto dorme um sono eterno ali
também.
Ninguém ali vive, na beira do
penhasco,
tremendo de pavor daquela escuridão,
grandes medos servidos em pequeno
frasco.
a névoa, o terror, verdadeira
escrotidão,
como estar frente a frente com
carrasco,
que ao pedido de perdão diz somente
não.
Meu caro amigo poeta Jair, eis um soneto digno de Augusto dos Anjos. Muito bom! Um abração. Tenhas um ótimo domingo.
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