Era um poeta em crise existencial
Que se vê como pássaro no quintal
E renega o que sua mente encana.
Como ser nobre sem ser Quintana?
Colorar em palavras de aquarela
Sem parecer a fabulosa Florbela?
Escrever sem nunca se locupletar
Como sempre o fez Ferreira Gullar?
E lhe vêm os passarinhos então
Que estes tantos outros imitarão
Mesmo que estejam em revoada
Não lhes acode imitar ninguém
Porque canto natural as aves tem
E pelo canto não nos cobram nada.
E pelo canto não nos cobram nada.
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