Não há porque o tempo desafiar
E estar quase sempre de saída
Parecendo que não existe lugar
Onde possa contemplar a vida.
Quem muito corre não descansa
É pedra que rola e não cria limo
E com pressa cada vez avança
Para alcançar idealizado cimo.
Continua correndo a seu talante
Corpo faminto e alma em jejum
Embora alvo permaneça adiante.
E vê que no mundo é só mais um
Quase sem fôlego e resfolegante
Corre e não chega a lugar algum.
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