sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Tempo


Pois é, o tempo carrega o calendário
Incólume vai riscando meses e dias
Enquanto o poeta sofre o seu fadário
Nas escuras esquinas de ruas e vias.

Até mesmo o bravo cuco vem avisar
Que tarde se foi e agora está escuro
Nada de novo no front tudo é milenar
Somente a aurora é um porto seguro.

O relógio soluça e o tempo temporiza
Porém exatamente como fora outrora
Passa o tempo passamos nós tal brisa.

Mas, o tempo nos permite nossa hora
Então quando for necessário nos avisa
E percebemos que devemos ir embora.

Um comentário:

  1. Lindo soneto,caro amigo poeta Jair!. O tempo é um tema que mexe com o todo o poeta .
    Tenhas uma ótima sexta-feira.

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