Manhã opaca, plena de nevoeiro
Que tudo impregna, então se espalha
Nenhum galho mexe, nada farfalha
Sequer tímido raio solar primeiro.
Longe, ouço canto dum agoureiro
Como a replicar tagarela gralha
Que, no seu galho mais altaneiro
Grasna, e vai aceitando tal batalha.
Mas, neste marasmo, nada acontece
Tudo parado como fotografia
Enquanto aranha sua teia tece.
Nem mesmo nuvem no céu se mexia
Aos ventos a discretíssima prece
Subindo triste da triste abadia.
Realmente, bem bucólico, meu caro amigo poeta Jair. Um abraço. Tenhas uma boa semana, um bom ano e uma boa vida.
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