O que existe nesse tenebroso abismo,
Que surtado de medo jamais profano?
Onde existe dúvida e mortal ceticismo
Indicando um mundo ignoto e insano?
Seria o caso de procurar o exorcismo
Antes que me cause irreparável dano
Ainda que fundo seja mero misticismo,
Afoiteza, daquele que comete engano
Ah! Mas a infatuidade jamais perdoa
Quem a revela, levantando esse véu
Preferível dúvida cruel a qual magoa.
Então, melhor viver ignorante ao léu
Como quem está neste planeta à toa
Que da consciência tornar-se um réu.
Caro amigo poeta Jair, gosto da tirada do velho Shakespeare: "Entre o céu e a terra...
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Um abraço. Tenhas um ótimo domingo.