quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Que bicho sou eu?


Lá estou na bíblia, descrito como praga
Atacando lavouras de jeito bem escroto
De maneira que tudo some, tudo estraga
Tal como maligno gnomo voraz e maroto.

Voando em massivo bando tal uma vaga
Sou flagelo da planta, mascote do garoto
E meu ataque não há benefício que traga
Ante dele prostra-se o rico, também o roto.

Minha maxila tão cortante tal uma adaga
Depois que destruo desapareço no ignoto
E aquela destruição pelo planeta se alaga.

Barriga cheia, me resta apenas um arroto
Portanto agora não quero nenhuma paga
Porque sou apenas o singelo gafanhoto.

3 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, ah, esse gafanhoto! E esses criativos a dissertar poeticamente sobre tudo! Isso é talento!
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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  2. Julgando pelo q as más línguas falam, sei bem q bicho sou ... rs

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  3. Excelente.
    Se os gafanhotos lessem o seu poema, teria uma nuvem deles à porta...
    Jair, tenha um bom resto de semana.
    Abraço.

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