sexta-feira, 27 de maio de 2016

Já sem melenas*


Nesta cabeça já não vejo cabelo
Sei que este momento chegaria
Tal bola de bilhar esperava sê-lo
Pista de mosquito escorregadia.

Cabelos sempre caem, sem apelo
Pois manter-se cabeludo é utopia
Este fato é real e é normal sabê-lo
E sinta-se feliz pelo pêlo que havia.

Imagine cabeludo o seu cotovelo
A cabeça precisando de terapia
Guardado por dentro o cerebelo

Aquela anomalia não entenderia
E este fato deixando entristecê-lo
Expulsando da vida toda alegria.

* Ainda tenho meus cabelos, este soneto foi composto para um amigo meu desprovido de cobertura pilosa.

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