terça-feira, 7 de novembro de 2017

Eu e a rosa

No jardim, a rosa mais delicada
A qual estimula os meus pensamentos
E redime os neurônios poeirentos
De minha mente um tanto nublada.

Oh! Se ao menos fosse despetalada
Pelas intempéries e pelos ventos
Neutralizaria meus olhares cruentos
Os quais desejam vê-la amargurada.

O fato é que as tais dores desta vida
Nos induzem desprezar a beleza
Mesmo dalguma flor assim querida.

Portanto, peço perdão à natureza
Porque, nesta hora de dor sentida
Desejei à bela rosa essa vileza.

3 comentários:

  1. Caro vate, nos contempla com mais um belo soneto encorpado e musical.
    Um abração. Tenhas uma boa tarde.

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  2. Soneto naturalmente belo amigo. Parabéns.

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  3. Que bonito, e voltou o poeta triste com seus belos sonetos!
    já disse que não sei a razão da tristeza dar belos versos... Mais lindo do que se falasse alegremente.
    Abraço!

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