terça-feira, 28 de novembro de 2017

Despretensão

Quase nada, sem laivos de grandeza
Obra desprovida de majestade
Menosprezo total pra riqueza
Poema que nos conquistar, há de.

Obra que modesto vate põe à mesa
Palavras onde não há imensidade
Contudo eivadas de bela surpresa
Pois, no seu bojo só felicidade.

Poemas há que enchem olhos d’água,
Outros que cutucam a velha mágoa
Naquela voz muito clara e sonora.

Contudo, existe vate que expande
Mesmo sem usar um pensamento grande
Então, leitor que compreende chora.

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