Aqui caminhando pelada na avenida
Porquanto meu corpo ainda o permite
Em ruas e praças de bem com a vida
Leve e solta testando qualquer limite.
Assim pelada apareço nos telejornais
Dou motivos de sobra para manchete
Ousada e tranquila e todos os que tais
Na verdade até dizem que pinto o sete.
Andando ou correndo não me importa
Na alameda sou o centro das atenções
Atentos passantes com sua visão torta
Sabem que pareço a viagra dos varões.
Aqueles porém que olham com malícia
Veem em mim um foco de libidinagem
Então cinicamente chamam até polícia
Negando que meu corpo é boa imagem.
Insisto na nudez enquanto for gostosa
Distraio os humanos e alegro nosso dia
Apesar disso tudo não fico nada prosa
Sorrio e serenamente distribuo alegria.
Amigo Jair, sempre de antenas ligadas nas coisas do cotidiano, traduzes em versos as peripécias de algumas gaúchas, que na ânsia dos quinze minutos de fama, estão retirando os panos e andando "em pelo" pelas alamedas da nossa POA. Tenho dito, que talvez seja propósito delas, transmitir um pouquinho de alegria, quero dizer, um pouco de fermento na libido masculina. Tenho dito também, que, por outro lado, menos mal que elas são sensatas, de certa forma, pois, até então têm corrido nuas pelos pontos centrais da cidade, imaginemos se elas tentassem andar peladas pelos bairros Vila Cruzeiro, Campo da Tuca, Morro da Cruz, Morro Santana, Maria Degolada, provavelmente, mal despidas, seriam arrastadas para os matos...
ResponderExcluirComecei ler o livro, o qual pretendo ir saboreando lentamente como quem degusta um vinho envelhecido em barril de carvalho. Li as duas primeiras cronicas. Sobre Sócrates, acho que até hoje, foi a cronica de que mais gostei. Ela está demais! Também aprendi muito com "A Força do Vapor".
Um abração. Tenhas um bom dia.
Oi Jair,
ResponderExcluirAgora virou moda sair pelados nas avenidas movimentadas eu os chamo de " transtorno de si próprio"
Sua poesia é gostosa e me fez rir
Abç
Bárbara