Um evento absoluto porém universal
Morremos todos quando chega o dia
Se fôssemos eternos, ô vida sem sal!
O fato da passagem dá à vida alegria.
Nem tanto a terra, nem tanto ao mar
Eventual e nada certo virá ela quando
Tudo que sabemos: é sempre regular
Onde estejamos ela está observando.
À ceifadeira ninguém
dedica poemas
Morre-se e os poetas se calam então
Ou ela é ruim ou cheia de esquemas.
Realmente, um dia todos aqui estão
Totalmente alegres e sem problemas
E sem um aviso ela chega de roldão.
Bom dia Jair
ResponderExcluirA morte é ruim pra quem fica e por uns tempos. Depois acabou.
Belo soneto à morte
Abç
Bárbara
Amigo Jair, a ceifadora das gentes, como dizia Saramago, às vezes avisa, manda recado, emite telefonema ao distinto premiado.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.
Brilhante, gostei muito!
ResponderExcluirPois eu temo a Caetana (nome dado à morte por Suassuna♥), sempre temi e não consigo lidar muito bem com a presença dela...
ResponderExcluirBeijoo'os
Caro Jair,
ResponderExcluirFiquei boquiaberto com o soneto-acróstico que deixaste no meu blogue a propósito do poema que publiquei no sábado passado.
Percebi, de imediato, que estava perante um Poeta. A poesia que agora li neste teu blogue veio, naturalmente, confirmar a minha primeira impressão.
Parabéns pelo talento poético que as tuas palavras revelam. A excelência mora na tua poesia.
Um abraço.